Como estava dizendo, ia continuar a falar sobre o futuro dos jogos multiplayer. O mais interessante é que os jogos multiplayer offline terão que, literalmente, reinventar-se para que as pessoas voltem a jogá-los. Já discutimos o principal problema de tais games: a liberdade de mover a câmera. Nos falta saber como tal problema poderia ser solucionado.
Bem, não posso dizer que ninguém tentou resolver tal situação: há jogos que conseguiram, em parte, solucionar o problema da câmera. Estou falando de Final Fantasy: crystal chronicles para Gamecube. Seu modo multiplayer envolvia a conexão de 2 a 4 game boy advances, fazendo com que em cada tela do portátil um pequeno mapa era mostrado com a localização de seu respectivo dono. Com isso, a TV servia para os gamers olharem o que estava próximo deles, enquanto os GBAs serviam para saber o que estava mais longe deles. Isso, de certa forma, revolucionou o modo de jogar, mas ainda assim não é um sistema perfeito, por dois motivos. Primeiro, porque a câmera da TV foca em um jogador apenas
Por outro lado, esse game me fez pensar que, talvez o fundamento desse modo de 2-4 jogadores estivesse correto: projetar cada câmera em locais diferentes. Não estou dizendo que, no futuro, as pessoas jogarão um mesmo game com duas TVs só para que cada jogador possa ter total controle sobre a câmera (imagina se alguém quisesse jogar com mais 3 amigos então!), mas é bem próvavel que os futuros games trarão algum aparato tecnológico que permitirá que cada jogador possa enxergar alguma coisa diferente. Com a tecnologia 3D dos filmes de cinema, não é uma grande charada responder que, talvez, óculos com visores sejam desenvolvidos para funcionarem como se fossem câmeras distintas. Assim, por exemplo, um jogo do Super Mario, os irmãos encanadores Mario e Luigi se moverão pela TV, mas os jogadores a enxergariam através de um óculos, que teria a tarefa de focar apenas em uma das personagens. É claro que os óculos não impediriam que Mario e Luigi andassem juntos, lado a lado. Ele apenas providenciaria total liberdade para cada um, enquanto estiverem separados. Seu único defeito seria a dificulade para as pessoas que já usam óculos no seu dia-a-dia (como eu!) que teriam de po-los e tirá-los toda vez que fosse jogar...
Muito absurda minha idéia? Bom, ao menos é melhor do que a solução dos jogos da Lego: colocar uma barreira invisivel que impede que os bonecos andem muito longe. Quer dizer, além de ser físicamente inexplicável, nos sentimos "presos" por paredes invisíveis, uma sensação um tanto claustrofóbica se me permitem dizer. O importante é que, solução, nós conseguimos achar uma! O que falta fazer é arrumar tecnologia o suficiente para desenvolver tais óculos especiais, sem envolver grandes custos. Estou até imaginando que tal tecnologia não esteja tão distante de nós assim: a Nintendo parece estar se tornando bem amiguinha da tecnologia 3D, quando anunciou seu mais novo portátil. Abre o olho, Nintendo: talvez seu próximo console precise ser vendido com um ou dois pares de óculos!
Bem, terminamo esse post gigantesco dividido em duas partes! Agora preciso ir. Sayonara, minna-san!