sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Tõkõ #10: Jovens Titãs, Young Justice e conflito entre HQs e mangás

Konnichiwa, minna-san! Primeiramente queria agradecer a todos que esperam pacientemente para eu escrever um post quando bate a criatividade (é mais difícil do que pensam!), e como estamos no post nº 10, achei que podíamos desviar um pouco dos mangás/animes e games e falarmos de uma grande série de TV chamada Jovens Titãs.


Acho que muitos já ouviram falar desse desenho, era popular na minha época de ginásio e praticamente todo garoto curtia. Inspirada nas HQs da DC Comics, era a história de 5 adolescentes, que lutavam contra o crime e salvavam o dia. Os heróis do desenho eram Robin (mais pra frente vou fazer um post inteiro sobre esse nome), Estelar, Ravena, Mutano, e Cyborg. Embora o desenho não tenha sido produzido pela DC, a princípio eles não pareciam se incomodar com a "homenagem", e isso porque aquele desenho era completamente diferente dos que nos acostumamos a ver. Qual era a diferença? Os Jovens Titãs parecia um anime.
É exatamente isso que você leu aí em cima: a série de TV, baseada em quadrinhos ocidentais, foi feita num estilo bastante oriental, o que vamos chamar, de agora em diante, de murikanime. Heck, até mesmo a música tema do desenho foi composta por Puffy Ami Yumi. A ousadia da Warner Bros (desenvolvedora da série) foi muito grande, pois ela conseguiu reunir duas coisas que, por senso comum, eram tão diferentes como água e óleo. E o resultado disso foi incrivelmente positivo: a série fez um enorme sucesso. Na verdade, esse sucesso é o que condenou a série dos Jovens Titãs: ela foi cancelada. Não sei exatamente o motivo, mas se bem me lembro, talvez por não ser uma produção original do Cartoon Network, o canal de desenhos resolveu abrir mão da parceria com a Warner, o que fez com que eles não tivessem mais recursos para continuarem com a série. Mas, pensando por outro lado, pelo fato dos Jovens Titãs ser um murikanime, talvez uma suposta "vitória" dos animes em relação as HQs acabaria desonrando o nome da DC Comics. Então.... é, para que nenhum norte americano se sentisse constrangido, talvez o cancelamento do desenho tenha sido uma boa idéia no final das contas.


Mas hey, quem diria que a DC nos surpreenderia novamente e resolveu lançar, em 2010, a série animada de Young Justice, que embora não tenha muitas semelhanças com as HQs com o mesmo nome, parecia ser interessante. Resolvi assistir os 3 primeiros episódios ontem e devo dizer que fiquei muito contente com o que vi. É claro que não é um murikanime, então não podemos esperar que seja tão bom quanto os Jovens Titãs, mas ele segue a fórmula de outras animações de sucesso: colocar jovens rebeldes como superheróis combatentes do crime. Nesse aspecto eu tenho que dizer (embora vai ter muito fanboy me criticando depois) que Young Justice trata os personagens melhor do que os Jovens Titãs. No primeiro, apesar deles serem jovens, eles lidam com as diversas situações de uma forma muito madura, entendem? Não parecem que são adolescentes de verdade, parecem adultos muito baixos... Certo, não é só porque um garoto/a é adolescente que ele deve ser comportar como um rebelde, mas o problema é a super maturidade das personagens, coisa que você não vê em Young Justice. Me lembro muito bem de um episódio em que Robin (dos Jovens Titãs) fica insano e começa a ver Slade em tudo quanto é lugar e acabava maltratando até mesmo seus amigos.... Err, algum adolescente faria isso? Provavelmente um vestibulando japones, já que o nível da educação por lá é bem puxado, mas aquela atitude foi completamente out of character, Robin nunca ficaria daquele jeito, assim como nenhum adolescente da idade dele ficaria tão obcecado por uma pessoa.
Aliás, vi também nessa animação (Young Justice) que boa parte dos conflitos envolvem os sidekicks que querem deixar de ser sidekicks. Pode parecer bobagem, mas eu fiquei bem tocado nesse aspecto: é bem comum do ser humano se acomodar com seu mundinho e, depois, querer experimentar coisas novas. E as personagens de Young Justice, trabalhando tanto tempo como capacho de superherói um sidekick devem ter pensado dessa mesma forma. Tanto que, no final do primeiro episódio, eles acabam recusando-se a trabalhar junto com os heróis da Liga da Justiça, e ganham um novo esconderijo e missões especiais, para serem tratados com o respeito que merecem. Pelo fato da série ainda estar no começo, provavelmente demorará um bom tempo até chegar aqui no Brasil. Mas eu tenho certeza que será de grande sucesso (se não fizerem uma dublagem de bosta).

E já está na hora de eu ir. Não se esqueçam de votar na enquete do semestre, minna-san! Sayonara o/

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